Eu lembro do Odyssey... Humm. Chutlhu says... Baka Shinji Oh my... Enigmas do macaco se7e




terça-feira, outubro 23, 2007
 
...really unique...


Encontrado ontem no Journalista, blog sobre quadrinhos.
Artistas japoneses têm uma imaginação invejável para esse tipo de coisa...

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sábado, outubro 06, 2007
 
Máquinas

Li uma notícia tempos atrás sobre uma máquina fabricadora de livros instantâneos. Algumas *bip*tecas norte-americanas possuem o aparelho, que gera, após a escolha da obra, uma encadernação em poucos minutos.
Isso me fez lembrar de um pequeno capítulo do divertido livro As Piedosas, do argentino Federico Andahazi. Nele, a co-protagonista da história narra um episódio curioso de suas andanças noturnas:

Durante minhas excursões subterrâneas topei por acaso com uma das mais incríveis descobertas que, não duvido, teve para mim o valor de uma revelação. Nos carredores adjacentes ao túnel estreito que, por baixo do Sena, liga a Notre-Dame a Saint-Germain, volta e meia me parecia estar sentindo por perto o — para mim irresistível — perfume do papel e da tinta; a julgar por sua intensidade, era de imaginar que fosse em quantidades orgiásticas. Não era, porém, o cheiro da tinta impressa, e sim o inquietante e inconfundível aroma que têm os manuscritos. Não me foi difícil achar a passagem que, enfim, me levou à fonte do perfume tão tentador. Tratava-se, pelo que pude compreender, dos porões da Livraria Editora Galliard. Diante de meus olhos eu tinha o tesouro mais deslumbrante que me foi dado ver: centenas de milhares de manuscritos que se empilhavam do chão ao teto. Demorei a perceber seu valor. Não se tratava, como seguramente o senhor vai imaginar, dos originais que tinham visto em forma de livro a luz da glória e da posteridade, mas, muito pelo contrário, daqueles que carregavam a condenação mais atroz com que se pode castigar uma obra: sobre a capa todos traziam um carimbo vermelho que rezava, lapidar, “IMPUBLICÁVEL”. Se eu pudesse lhe descrever as maravilhas que me foram reveladas naquelas páginas condenadas à morte antes de nascer... Garanto-lhe que a história das letras no Ocidente teria sido outra e mais gloriosa se tão-somente algumas dessas páginas, em vez de outras ilustres, reconhecidas e consagradas, tivessem visto a luz da publicação.
Interessada em saber quem era o desconhecido juiz das letras, aquele que decidia por nós, leitores, e pela posteridade dos textos e de seus autores, pude conhecer um dos personagens mais obscuros e extravagantes que habitaram as entranhas da terra.
O homem responsável pelo julgamento sobre os manuscritos apresentados ocupava um sórdido gabinete do subsolo da livraria. A suas costas erguia-se uma máquina de dimensões gigantescas que ocupava quase toda a superfície do andar. O juiz anônimo tinha feito, talvez, a mais escrupulosa classificação dos grandes romances universais. Contara, palavra por palavra, decompondo e numerando cada elemento sintático e gramatical, desde os longíquos contos orientais como o
Genji Monogatori, de Murosaki No Shikibu, Kalila e Dimma, passando pelo Satyricon¸ de Petrônio, A história do cavaleiro de Deus que tinha por nome Cifar, até o Quixote e as Novelas exemplares e, é claro, Bocaccio, Quevedo, Lope de Vega, Defoe e Swift, Lasage, La Fayette e Diderot. De acordo com tais modelos, tinha decomposto todos os elementos quantificáveis de cada romance — número de páginas, peso, quantidade de palavras, artigos, substantivos, adjetivos, advérbios, preposições etc. etc. etc. — e tinha calculado as médias correspondentes. Além disso, considerou os componentes não quantificáeis, o que resolveu chamar, de forma genérica, os “conteúdos espirituais” que habitavam as páginas dos livros. Decidiu também que era possível objetivar tais elementos submetendo os exemplares a diferentes tratamentos. Assim, por exemplo, os expôs ao peso de enormes prensas, a temperaturas elevadas, ao vapor, a movimentos bruscos etc., e por esse caminho descobriu que os livros que mais tinham durado na memória dos tempos eram os que, por acaso, não haviam mudado de peso após tais processos. Tomando essa peculiaridade como lei geral, idealizou aquela que resolveu chamar de máquina leitora.
Na base da máquina havia uma grande caldeira aquecida por brasas que um fornalheiro alimentava. Duas chaminés colossais subiam até mais acima do telhado da editora. O artefato apresentava uma portinhola por onde se colocava o manuscrito. O primeiro passo consistia em pesar a obra. Se o peso estava dentro das médias aceitáveis, era transportado para um contador de páginas constituído de uma roda provida de tantos dentes sucessivos quantas páginas a obra devia ter. Se o manuscrito em questão superasse os obstáculos “formais”, passava à “câmara dos espíritos”, onde era submetido ao tratamento para objetivar os conteúdos espirituais. Caso o exemplar vencesse todas as provas, era automaticamente carimbado com uma tarja azul que dizia “PUBLICÁVEL” e concluía seu trajeto num tubo comprido que o conduzia à gráfica. Se, ao contrário, o manuscrito não se adequasse a algum dos parâmetros sucessivos, caía na garganta negra de uma tubulação que desembocava nos mais profundos subsolos e era qualificado com um carimbo vermelho que dizia “IMPUBLICÁVEL”.
Na verdade, o desconhecido juiz inventara sua máquina com o único objetivo de poupar tempo e, assim, evitar o árduo trabalho de ler. Contudo, não o movia a preguiça; pelo contrário, a intenção era dispor do maior tempo possível para levar adiante seu maior desejo, a empreitada que iria justificar sua obscura existência: escrever o romance perfeito. Era, justamente, o dono da fórmula. Dez anos exigiu-lhe a redação de seu romance, que ele intitulou
A chave do segredo. No glorioso dia em que lhe pôs o ponto final, tudo o que teria a fazer seria ir à gráfica com sua obra flamejante debaixo do braço. Ao fim e ao cabo, era ele o juiz. Mas não pôde furtar-se à tentação. Abriu a portinhola de sua máquina e com um sorriso satisfeito deixou que o livro seguisse seu curso. Com espanto verificou que o artefato de sua invenção, com expeditivo desdém, cuspia o manuscrito para os infernos da livraria.
O fornalheiro não teve tempo de fazer nada para impedir que o juiz entrasse, com passo decidido, dentro da máquina.
Pude ver, cheia de horror, o cadáver que jazia sobre seu próprio manuscrito nos subsolos profundos da livraria. Assim como na capa do original, sobre a testa do juiz se podia ler em letras vermelhas e lapidares: “IMPUBLICÁVEL”.

ANDAHAZI, Federico. As piedosas. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 78-81

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Os As Dez Mandamentos Regras do Coiote

Coisa que achei quando estava fuçando nos arquivos do finado blog, semanas atrás.
As regras estabelecidas por Chuck Jones & sua equipe de animadores para os desenhos do Coiote & do Papaléguas.
São dez mandamentos regras no total, que deviam ser seguidas à risca em todos os episódios, sendo elas:

Regra 1: O Papaléguas não pode machucar o Coiote, apenas pode fazer “Beep!Beep!”.

Regra 2: Nenhuma força externa pode machucar o Coiote, apenas sua própria incompetência ou a falha dos produtos ACME.

Regra 3: O Coiote poderia parar a qualquer hora — SE ele não fosse um fanático.

Regra 4: Nunca há diálogo, com exceção do “Beep! Beep!”

Regra 5: O Papaléguas deve ficar na estrada.

Regra 6: Toda a ação deve estar confinada ao ambiente natural dos dois personagens — o deserto do sudoeste norte-americano.

Regra 7: Todas as ferramentas, armas & aparelhos mecânicos devem ser obtidos com a ACME.

Regra 8: Sempre quando possível, fazer da gravidade o pior inimigo do Coiote.

Regra 9: O Coiote é sempre mais humilhado do que ferido pelos seus fracassos.

Regra 10: A simpatia da audiência deve permanecer com o Coiote.

*******

Por causa do “Evangelho do Coiote” do Grant Morrison, lido em tenra idade, acabei ficando com uma impressão quase messiânica do Coiote.
Ele é o meu jesus, que sofre por & para mim.
& vou além. Creio piamente que o Coiote é, também & acima de tudo, um dos mais inteligentes comentários sobre a existência humana já criados pelo homem.
Digo, acho que deve ser...

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Espírito da Escada

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