Eu lembro do Odyssey... Humm. Chutlhu says... Baka Shinji Oh my... Enigmas do macaco se7e




quarta-feira, setembro 19, 2007
 
Grant Morrison das antigas

Sua cabeça é como a minha, como todas as cabeças; grande o suficiente pra conter todo deus e diabo que já existiu. Grande o suficiente pra segurar o peso de oceanos e das estrelas. Universos inteiros cabem lá!
Mas o que escolhemos pra guardar nesse armário milagroso? Pequenas coisas quebradas, bijuterias tristes, e brincamos com elas de novo e de novo.
O mundo gira nossa manivela e tocamos nossa musiquinha de novo e de novo e pensamos que essa música é tudo que somos.
(Os Invisíveis, v. 1, n. 3)


segunda-feira, setembro 17, 2007
 
O Grande Momento da Semana

Cantam os bardos que, numa distante sexta-feira desta semana,
durante visita breve à alva pessoa que no Setor trabalhava então,
o portador de papéis de suma importância, por inércia mundana,
permaneceu no local por algumas horas, para uma longa saudação.

Trajado no seu habitual preto de bons agouros & boas notícias,
o Visitante entregou os papéis à sua dona por direito.
E conversas frugais & agradáveis ocorreram, sem malícias,
entre o Visitante de preto & a estagiária... que belo feito!

Assuntos diversos foram por ambos abordados com bravura,
arranhões estranhos feitos em sonho, & outras coisas mais.
Embora o cansaço causado por calor excessivo (que fervura!)
afetasse a ambos, fonte de sonolência & fadiga quase iguais.

Outra estagiária logo se junta aos dois, jovem menina abelhuda,
& falsos nomes vêm à baila, será aquele usuário Caim ou Abel?
Investigações são feitas, uma busca pela verdade profunda,
mas a dúvida permanece, & o nome verdadeiro só sabem os Céus!

& chega então o momento fatídico do dia & da tarde quente
quando um usuário pede uma caneta emprestada à alva simpatia.
A caneta (oh, é ela preta!) é por ele levada, para uso urgente.
Se bem que o consulente logo retorna, pois a caneta estava vazia!

Caneta preta vazia, caneta preta vazia!, que falta de cuidado!
Mas outra caneta é emprestada, azul como apenas o azul é.
& o cadáver da caneta vazia inútil no lixo é imediatamente jogado...
Mas, ai!, tragédia!, uma caneta preta tão nobre que ninguém quer!

Sensibilizado pelo triste destino da pobre carcaça & de sua tampinha,
o Visitante, num salto!, vai ao lixo para um resgate perpetrar.
& metendo a mão entre a papelada, ele diz "oh, será minha!"
Caneta preta & morta recuperada, seu salvador a comemorar!

O grande momento da semana foi esse resgate de coisas preciosas,
uma caneta sem tinta & sua tampinha tão nova quanto ideal.
& saiba que se tratava de uma bic comum, simples mas obsequiosa,
esse tesouro sem preço que nem chega a custar um real!

O Visitante perguntou se poderia ficar com a tampinha quase extinta
& lhe disseram que sim, tal objeto importante já era de sua posse.
Mas não satisfeito, ele pegou tampinha de outra caneta ainda com tinta,
Para assim comparar as duas & escolher a melhor, fosse qual fosse!

Diligente em sua comparação de tampinhas pretas, foi ele considerado
lamentavelmente ruim das idéias, chato, idiota & até mesmo guei.
O Visitante estava certo de suas exigências de qualidade, por outro lado,
pois afinal ele mesmo disse que “a melhor tampinha eu peguei!”

& assim ocorreu o grande momento da semana na vida do Thiago,
que voltou para casa com uma tampinha preta, nova como folha alguma.
Vida admirável é aquela em que não é necessário vender ao diabo
a alvaalma para obter tampinha para uma caneta que não tinha nenhuma!



*******

(Coisa de março de 2004. Publicada originalmente no meu finado blog. Baseado em episódio verídico, logo após o término de meu estágio no local em questão, uma certa *bip*teca pública estadual. Uma das pessoas citadas até me disse hoje que se lembra do ocorrido, para minha vergonha. Eu não lembro. Ah, bem, esse tipo de coisa é divertido de fazer, embora trabalhoso. Talvez eu tente algo assim de novo daqui a três anos...)

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Abrindo a tal da lata de vermes

Estava procurando por um link nos arquivos do meu finado blog neste fim de semana. Não encontrei o que procurava, mas reli várias das coisas idiotas que escrevi uns três anos atrás. Entre as atrocidades idióticas, uma ou outra coisa me pareceram menos ruins. Ou menos constrangedoras.
Nisso, peguei elas & agora vou repostear tudo por aqui.
Mais fácil do que escrever coisa nova.
& para começar, rimas.
Gosto de rimas.

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“Librarian”

Em fevereiro fiz este post, no qual comentava sobre uma musiquinha chamada “Librarian”, feita por umas neozelandesas bem-humoradas. O que eu não sabia na época é que a musiquinha também tem um clipe.
Agora sei.
Bem melhor que a musiquinha.
Que, tirando a letra, não é lá grande coisa.

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sexta-feira, setembro 07, 2007
 
Parapatético

Neste último sábado eu fui naquela que, acredito eu, tenha sido a última formatura que vi &/ou verei na vida. Pois agora todas as colegas da Faculdade com quem tenho algum contato estão formadas. Acabou. & como simplesmente odeio formaturas, acho ótimo.

Se odeio a coisa em questão, é claro que não participei de uma. Formei-me em gabinete. Mas admito que, estando no local, vendo (&, infelizmente, escutando...) a cerimônia, é difícil não pensar em coisas bobas como... qual música eu teria colocado?, ou... que discurso de agradecimento eu teria feito?

Idealmente, os discursos que aparecem na minha imaginação sempre são cheios de palavrões. Tantos, que no final eu também teria que agradecer à minha psiquiatra não-existente por obviamente ter curado meus infelizes sintomas da minha também não-existente Síndrome de Tourette.

Às vezes, pensei em agradecer a Lúcifer ou alguma outra bobagem qualquer do gênero. Já que é tão comum esse pessoal que fica agradecendo aos seus amigos imaginários prediletos, sejam eles Deus, Jesus ou o diabo à quatro, eu agradeceria logo ao diabo à quatro. “Obrigado por todo aquele pão que tu amassou pra mim, parceiro!”, etc.

Mas é claro que na hora do vamos ver, eu não diria nenhuma dessas coisas. Ficaria nervoso & o pouco que conseguisse falar sairia mal, com minha péssima dicção à toda. Só pensaria em sair da frente do maldito microfone o mais rápido possível. No final das contas, tudo que conseguiria é adquirir outra lembrança constrangedora para a minha já grande coleção de momentos vergonhosos.

Pelo menos isso eu evitei me formando em gabinete, em raro momento de sabedoria.

*******

Voltando à cerimônia do último sábado... bem, pelo menos ninguém usou Legião Urbana como trilha desta vez... Ou, pelo menos, eu não escutei. Cheguei propositalmente atrasado (aquela sessão de fotografias que sempre há do lado de fora, imediatamente antes do início da coisa, dá-me nos nervos), então talvez tenha perdido uma ou duas pessoas.

...embora, claro, houve U2. Porque também sempre há U2.

Mas tudo bem, pois vi que o motivo de eu ter ido à formatura ficou meio que animada quando tocou o U2 das antigas (se ainda fosse do Achtung Baby ou Zooropa...), então relevo.

Já o que eu teria usado... não sei, nunca soube, & nem nunca saberei, na verdade. Acho que algo do Joy Division, talvez? “Passover”, ou quem sabe “24 Hours”. The Cure seria a escolha mais óbvia, sendo a minha banda favorita. “The Last Day of Summer”, a meio que natural “End”. Sisters of Mercy seria outra possibilidade, com “Black Planet”. Mas, nah, acho que teria escolhido alguma coisa bem esquisita do Bauhaus, como a parte final de “Antonin Artaud”, a segunda (ou a terceira) parte de “The Three Shadows” ou a versão ao vivo de “Rose Garden Funeral of Sorrows” (humm, a “The Man with X-Rays Eyes” ao vivo seria engraçado também...). Enfim, algo que levasse às mentes das pessoas um “mas que diabos é isso....?!” ou semelhante. Só pelo prazer do sarro, & da quebra da maldita rotina.

*******

Na hora dos discursos finais, das paraninfas* & daquele que é sério candidato a título de sujeito mais murrinha do mundo, eu saí de vez do auditório & fiquei zanzando do lado de fora, no meu usual estilo peripatético (mas sem a parte mais aristotélica, de ficar lecionando, não chego a tanto). Indo para lá & para cá.

Na verdade, a única vez em que estive sentado no auditório durante uma formatura inteira foi na primeira que eu presenciei. Nas seguintes, passei a ficar em algum canto mais isolado, do qual tenho visão das coisas basicamente pelo telão. Assim, fica mais fácil de ir & vir quando me dá vontade, o que é meio que à cada sete malditos minutos... Além de que, evito aquelas chatices de hino & aquela história de ficar levantando por causa disso (coisa que, aliás, não faço & me recuso a fazer. Hinos são cretinos, principalmente os levados à sério).

Após umas duas horas, a coisa terminou, todo mundo veio para fora, & daí foi só questão de esperar o momento de dizer “olá” para a recém-formada.

Tento não ficar muito mais rabugento do que o normal com essas coisas, mas crom, é difícil.


* Ah, paraninfa! Como eu gostaria que alguma turma, algum dia, escolhesse uma certa professora de descendência asiática da Faculdade para ser sua paraninfa, porque daí eu poderia chamá-la, finalmente, de paraninja! Mas ninguém gosta dela, então nunca é chamada para esse tipo de coisa, pena... É um triste desperdício de um excelente trocadilho.

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sábado, setembro 01, 2007
 
Takemoto & a torre da adolescência

Então há esse personagem de Honey & Clover, chamado Takemoto.
Rapaz vindo do interior, muito gentil, esforçado & ótima pessoa.
Mas sem talento, & sem idéia do que quer fazer na vida.
Não ter talento quando se está matriculado em uma faculdade de artes não é muito bom. Conviver com uma verdadeira força da natureza em forma humana, o insano (mas genial) Morita, também não é.
Estar apaixonado pela prima de um professor amigo, uma revelação precoce das artes plásticas, é outra coisa que não ajuda. Afinal, ele não é correspondido.
Esse é o medíocre Takemoto, que tem sua ausência de talento & de direção constantemente reforçadas pelo convívio com gênios excêntricos.
Então Takemoto começa a construir uma torre, como seu trabalho final na faculdade.
Ele simplesmente começa a empilhar tranqueira encima de tranqueira. Um trabalho mais mecânico do que qualquer outra coisa. Afinal, ele não tem talento, mas sempre foi esforçado.
Daí há essa cena...


Dois dos professores de Takemoto estão olhando para a sua torre, já bem alta.
Meio torta. Sem sentido. Mas alta.
Eles comentam entre si:


— Hã...
— Ele fez um objeto alto, com certeza...
— Eu me pergunto se isso foi de propósito?
— Parece que está prestes a desmoronar, mas não desmorona.
— Ele tem grandes técnicas, mas está devendo um pouco no que diz respeito à criatividade...
— Ele é um estudante sério e batalhador... mas como deveríamos julgar este trabalho?
Então aparece um terceiro professor, aquele que é amigo do Takemoto & primo da moça de quem ele gosta.
O professor coloca uma plaquinha junto à torre, com um nome escrito nela.
O nome da obra, que ainda não tinha nenhum.
Os dois professores olham para a plaquinha, lêem o nome...


“A Torre da Adolescência”.
...& começam a estremecer, ante tal revelação...:


— Oh, de fato!
— Agora que você menciona isso...!
— É aleatório mas refinado...!
— A ausência de planejamento... mas mesmo assim o estoicismo que sinto na peça...!
— Eu compreendo...
— Isto realmente me faz lembrar daqueles dias quando eu também me sentia tão confuso!
— Aqueles dias quando eu me debatia & lutava, mesmo não sabendo ainda quem eu era!
Os professores se emocionam...


— O que está acontecendo? Não consigo parar as lágrimas...
— Eu também...!
...& acabam saindo com a melhor das impressões do jovem Takemoto, celebrando o poder de sua adolescência.

*******

Mais tarde, quando os professores vêem que a torre foi feita em pedaços, & ficam sabendo que o próprio Takemoto fora o autor do vandalismo, eles comemoram ainda mais a adolescência do rapaz.

& quando, pouco depois, Takemoto sai por aí, com sua bicicleta, pedalando sem direção... o que faz por semanas... & que leva alguns de seus colegas a chamarem seu surto de “jornada de auto-encontro” ou coisa semelhante... bem, os professores ficaram ainda mais extasiados. Tanto que quando Takemoto finalmente retorna para a faculdade, ele é saudado com faixas proclamando-o um legítimo “herói da adolescência”.
Ou algo do tipo.

Moral da história: humm, acho que deveria ser algo sobre professores de artes virarem pessoas meio esquisitas em certa idade (tive um que era como esses do Takemoto), mas na verdade não sei. Moral da história é que gosto de Honey & Clover. Isso serve.

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Espírito da Escada

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