Eu lembro do Odyssey... Humm. Chutlhu says... Baka Shinji Oh my... Enigmas do macaco se7e




quinta-feira, outubro 13, 2005
 
Espírito do vaso ex-vaso do vaso

...que, provavelmente, é o melhor título de post que eu já escrevi na vida.
Semana que vem completam-se três meses de residência no meu apartamento-só-meu.
No geral, foi um achado esse apartamento. Um quarto, paredes brancas, janelas cinzas, Centro, poucos minutos do meu local de trabalho, custo suportável & aceitável.
Mas, claro, sempre há um inconveniente ou outro.
Um deles era que o vaso sanitário não funcionava. Não havia pressão d’água.
Assim, enquanto a imobiliária não providenciava o conserto, tive que usar do único expediente para não, literalmente, acumular merda em casa: usar de balde.
(& aqui fico extremamente tentado a fazer algum comentário jocoso associando as palavras “merda” & “balde” &, esperançosamente, meter algum “bidê” no meio disso tudo, mas não, não, resistirei à tentação...)
Comprei, então, um balde.
Queria um preto, mas não achei. No lugar, adquiri um meio acizentado, desprovido de qualquer charme. Feio. Mas funcional. Digo, era possível colocar água dentro dele na área de serviço, carregá-lo (inclusive com a água ainda dentro!) até o banheiro, & então despejar o referido conteúdo líquido no vaso, levando embora os M&Ms (não, nada de chocolate aqui; trata-se de Mijo&Merda, mesmo).
Mas então encontrei em uma loja de R$ 2,00 um vaso preto de plástico. Sem aqueles furos que vasos costumam ter, inclusive. Comprei, simplesmente por comprar (& por ser preto), achando que talvez eu encontraria alguma utilidade para ele.
& encontrei.
& o balde cinza feio perdeu seu emprego.
Pois o vaso era muito melhor de carregar; ele tem um tipo de aba (embora talvez não seja este o termo correto), que inspira mais confiança durante o transporte do que aquele arco de metal vagabundo do balde cinza, que parece que vai sair do lugar a qualquer hora, sob qualquer pretexto.
Logo, & sentindo uma certa simptaia crescente pelo objeto, comecei a chamar o vaso preto, muito apropriadamente, de “O Vaso do Vaso”. Inclusive deixava-o sempre ao lado do vaso sanitário, sempre a postos para desempenhar perfeitamente bem a sua digna função.
Desenvolvi tal afeto pelo Vaso do Vaso que, quando eu recebia alguma rara & corajosa visita, depois de dizer “esta é Sala Preta, na qual todos os móveis são & deverão ser pretos” ou “este é o Quarto Branco, no qual todos os móveis são & deverão ser brancos”, & demais gentilezas hospitaleiras, eu apontava, no banheiro, aquele pequeno mas carismático construto de plástico preto, dizendo, com um certo & justificado orgulho: “& este, ah, este é O Vaso do Vaso”.
Ah, sim.
& ele era, ele era.
Mas não é mais, já que consertaram semana passada a descarga do vaso.
Conseqüentemente, o Vaso do Vaso não é mais utilizado.
Agora, ele não passa de um vaso ex-vaso do vaso, o que é meio melancólico, eu acho.
Mas ele teve seus momentos, o vaso ex-vaso dos vasos, & mesmo que eles jamais retornem, eu pelo menos sempre me lembrarei desse vaso preto de plástico & de seus augustos tempos de Vaso do Vaso.
Com respeito & saudade.


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Espírito da Escada

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